domingo, 20 de junho de 2010

A droga chamada Açucar


Como foi que ele me achou aqui? Isso é uma loja de doces, não de esportes, onde ele geralmente esta. Eu não tenho tempo, não posso deixar ele me ver assim. E tudo isso por que eu não posso comer açúcar...
Há uns dez anos sai para buscar doces no halloween e eu nunca tinha ganhado tantos doces na minha vida. Eu sabia que se eu levasse aquele saco de balas para casa, Katlin, minha irmã mais velha iria roubá-las de mim. Então resolvi comer tudo eu que eu tinha ali, na rua mesmo. Mamãe não se importaria, eu já havia jantado...
Assim que a ultima bala desceu por minha garganta, comecei meu caminho para casa. Me sentia estranha, estava suando e me sentia nervosa mais imaginei que era o clima do halloween. Ia saltitando pelas ruas, toda feliz com minha fantasia de Sininho – as asinhas já caindo.
Cheguei em casa à mil, sentia uma forte vontade de pular no sofá, mais sabia que minha mãe não deixaria, então corri pelas escadas em direção ao meu quarto para poder fazer a farra lá na minha cama mesmo.
Pulei tanto que minha irmã, que estava no cômodo de baixo veio rapidinho ver o que eu estava aprontando. Lógico, ela contou para minha mãe que eu estava pulando na cama, e fez questão de lembra-la de que isso era uma coisa ruim.
Minha mãe me perguntou se eu havia tomado muito café, mais eu respondi que as únicas coisas que comi fora de casa foram as balas. Depois disso, nunca mais pude sair para apanhar doces no halloween.
Me acostumei com o fato de que doce me faz mal, mas estar em uma loja dessas me despertou uma grande vontade de comer todas as balas e chocolates da prateleira.
Foi ai que resolvi que compraria apenas uma barra de Sixlets. Um chocolatinho não me faria mal. Erro, um grande erro. Fez mal sim, aquela pequena barra de chocolate me fez querer mais e mais doces.
Como eu pude ficar tanto tempo sem essas coisas deliciosas a base de açúcar? Andava rapidamente entre as estantes procurando qual seria a minha próxima compra.
- Procurando algo em especial? – ouvi ele dizer – se quiser posso te ajudar.
Virei para trás para poder encarar a pessoa que falava comigo. Ele parecia feliz em me ver. Eu não podia dizer o mesmo.
Eu tinha consciência de que estava exatamente igual a 10 anos atrás, naquele dia de halloween, e justo hoje que estou assim ele aparece por aqui. Jorge é um dos garotos da turminha popular da minha escola. Eu sabia que ele jogava um charminho pra cima de mim, o que me agradava muito, mais como foi que ele veio parar aqui? Pensei que ele passava seu tempo livre na loja de esportes a duas quadras daqui.
- Não exatamente – me esforcei para não parecer estranha – só estou olhando.
- Olhando? Tem certeza? Você comprou quase a metade da loja. Você esta bem? Esta suando...
Acho que se não fosse pelo efeito do açúcar, eu estaria com o rosto completamente vermelho. Agradeci por isso.
- Acho que você deve parar de comer doces por hoje – disse ele tentando abafar uma risada.
- Ou pro resto da minha vida – concordei baixinho de mais para que ele pudesse ouvir.
- A gente se vê – ele disse se afastando
- Tchau – disse aliviada por ele ter ido embora.
Nesse momento, tudo o que eu queria era me enfiar no meu quarto, junto com minha vergonha e não sair de la nunca mais.
Bom, ate o dia seguinte pelo menos, quando eu teria de ir pra escola e encontrar com ele....





Bom, essa foi mais uma historinha da Mari, espero que tenham gostado. E aguardem pelos posts da Lethy !!

2 comentários:

  1. aaaaaaaaaaaaaaaaaaa essa historia me dexo cum vontade de come doceee!! uahuahu mas amei msm!! adoro suas historias mari !!
    e sempre tem um gatinho nelas neh??!!! uahuah

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  2. ameii a hist ... a mah se escreve super bemmm ....=D continue o blog pq eu adoro ,quando qro esfria a cabeça venho ate ele e leio suas hist q sao muito legais

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